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Estima-se que 30 a 50% de todas as lesões associadas ao desporto são causadas por lesões de tecidos moles”.

O conhecimento de alguns princípios básicos da fisiologia da regeneração e dos mecanismos de reparação do músculo esquelético podem ajudar a evitar perigos iminentes e acelerar o retorno ao desporto.

As lesões musculares são a causa mais frequente de incapacidade física na prática desportiva. Estima-se que 30 a 50% de todas as lesões associadas ao desporto são causadas por lesões de tecidos moles.

Apesar do tratamento não cirúrgico resultar num bom prognóstico na maioria dos atletas com lesão muscular, as consequências da sobrecarga de treino, da falta de técnica e de um planeamento personalizado podem ser dramáticas, adiando o retorno à atividade física por semanas ou até mesmo meses.

O conhecimento de alguns princípios básicos da fisiologia da regeneração e dos mecanismos de reparação do músculo esquelético podem ajudar o profissional do exercício a evitar perigos iminentes e acelerar o retorno ao desporto.

 

Fisiopatologia da lesão muscular

O que distingue a cicatrização da lesão muscular da cicatrização óssea é que no músculo ocorre um processo de reparo, enquanto que no tecido ósseo ocorre um processo de regeneração.

A cicatrização do músculo esquelético segue uma ordem constante, sem alterações importantes conforme a causa (contusão, estiramento ou laceração).

Três fases foram identificadas neste processo: destruição, reparação e remodelação. As duas últimas fases (reparação e remodelação) sobrepõem-se e estão intimamente relacionadas.

Fase 1: destruição – caracterizada pela rotura e posterior necrose das miofibrilas, pela formação do hematoma no espaço formado entre o músculo rompido e pela proliferação de células inflamatórias.

Fase 2: reparação e remodelação – consiste na fagocitose do tecido necrótico, na regeneração das miofibrilas e na produção concomitante do tecido cicatricial conjuntivo, assim como a neoformação vascular e crescimento neural.

Post Author: vivafisiosaude