
Os reflexos primitivos são, indubitavelmente, inatos e incondicionados, uma vez que todos nós nascemos com estes reflexos e que, de acordo com as nossa experiências ao longo da vida, vão sendo maturados.
São alguns os reflexos que nos acompanham nos primeiros meses de vida, sendo que a chave para a compreensão do neurodesenvolvimento está no profundo conhecimento de cada um deles.
O reflexo de Moro, como todos os reflexos, é caracterizado por um movimento involuntário do bebé. Este reflexo primitivo está presente nos primeiros três meses de vida e é caracterizado pelo movimento dos braços para uma posição de proteção (com padrão de flexão), sempre que ocorre uma situação que o bebé perceba como de insegurança ou perigo como, por exemplo, uma perda de equilíbrio ou quando o bebé é balançado abruptamente.
Este reflexo primitivo, apesar de desaparecer cerca de três meses após o nascimento, é idêntico à sensação que temos, enquanto adultos, quando estamos a cair e é um indicador de que o desenvolvimento do sistema nervoso do bebé está a acontecer.
Caso o reflexo de Moro esteja alterado, poderá ser um sinal de alteração no desenvolvimento, devendo ser avaliado de forma profunda, de forma a compreender a causa.
A forma mais comum de testar o reflexo de Moro consiste então em pegar no bebé, apoiando a cabeça e as costas, e simular que deixa o bebé cair, sem nunca retirar as mãos do corpo do bebé.
Este movimento criará um pequeno susto ao bebé e provocará a ativação deste reflexo, levando a que o bebé estique os braços e, de seguida, realize a flexão dos mesmos em direção ao peito.