
A Indução Miofascial é um conceito terapêutico, pertencente à Terapia Manual, que visa a restauração funcional do sistema fascial alterado.
A indução miofascial é um processo de avaliação e tratamento no qual o terapeuta transfere uma leve força (tração e / ou compressão) ao tecido-alvo, facilitando a recuperação da qualidade do sistema fascial. O termo “indução” está relacionado à facilitação do movimento, e não ao alongamento passivo do sistema fascial. O resultado é uma reação recíproca do organismo que envolve a reação bioquímica e metabólica da sinalização e, por fim, as respostas fisiológicas. Este processo visa remodelar a qualidade da matriz extracelular do tecido conjuntivo para facilitar e otimizar a transferência de informações para e dentro do sistema fascial (Chiquet, 2003; Wheeler, 2004). É um processo concentrado, controlado pelo sistema nervoso central, no qual o terapeuta atua como um facilitador. A ação terapêutica concentra-se no fornecimento de recursos para o ajuste do equilíbrio homeostático ótimo. O objetivo final não é o estabelecimento de hierarquias estáveis, mas sim a facilitação de uma adaptação ótima às demandas do ambiente (Pilat, 2014). O resultado (mudança na imagem corporal, melhora nas habilidades funcionais) deve ser avaliado e valorizado não só pelo terapeuta, mas também pelo paciente. A indução miofascial aspira a ser um tratamento centrado no paciente (Pilat, 2015).