
Inicialmente o Pilates Clínico surgiu como um método de treino, que utilizava uma diversidade de exercícios de forma a potenciar o controlo motor, o fortalecimento e alongamento global, tendo como base o treino de estabilidade da região lombo-pélvica. Esta forma de exercício baseia-se, desde então, na respiração controlada e na ativação dos músculos posturais mais profundos, focando-se na execução correta do movimento e não na quantidade.
O Pilates Clínico permite-nos dar ferramentas para potenciar o movimento e qualidade de vida dos nossos utentes. A evidência para o uso desta actividade está cada vez mais forte e o uso do movimento como ferramenta de tratamento está a tornar-se cada vez mais claro na literatura cientifica e como prescrição médica, em diversas patologias. No entanto existe sempre uma questão sobre o pilates “qual é a diferença entre o pilates tradicional e o pilates clínico?”, perante esta questão é importante referir que o pilates clínico trabalha em conjunto corpo, mente e tem vários princípios a ser respeitados, tais como: · Centro: os exercícios devem ser executados numa posição confortável da nossa coluna lombar. · Respiração: devemos expirar no movimento que causa mais instabilidade à nossa zona lombo-pélvica. · Precisão: executar os movimentos de forma eficaz, introduzindo a respiração e a contração muscular durante todo o tempo de treino. · Concentração: estar focado no nosso corpo, mente e no exercício, de forma a conseguir relaxar e obter um total comprometimento com o método. · Movimento Fluído: todos os exercícios são executados de forma fluida e sequencial, tornando-os apelativos a quem os pratica. · Controlo: essencial para trabalhar contra gravidade num colchão, ou contra resistência em equipamentos. · Isolamento integrado: incorporar a contração correcta do centro em todas as actividades de vida diárias. · Rotina: a memória muscular modifica-se, por isso mais vale fazer pouca actividade mas com frequência para que o musculo ganhe memória muscular A aprendizagem e integração destes princípios demoram o seu tempo e prática, porém temos sempre de nos lembrar que “Respirar é a primeira ação da vida, e a última.”, assim acima de tudo temos de aprender a respirar corretamente. É de mencionar ainda que é feita uma avaliação, elaborado um diagnóstico e estabelecido um raciocínio clínico, onde na presença de uma disfunção de movimento, é estipulado um protocolo de reabilitação de Pilates Clínico, especificamente adaptado às necessidades da pessoa/grupo avaliado. |